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Profissão Marinheiro – Como se preparar para os novos desafios do mercado náutico.

  • Foto do escritor: Ney Broker
    Ney Broker
  • 8 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de dez. de 2021

Reproduzido: Publicação bimestral da Marinas Nacionais – Ano II No. 3 – março/ abril de 2012 – Matéria de Capa


Autor: Sr. Rodney Domingues


Como os marinheiros podem se preparar para os novos desafis trazidos pela evolução do mercado náutico.


O mercado náutico mudou muito nos últimos anos. Os barcos ganharam tecnologia, tamanho e materiais so­fisticados. O número deles nave­gando também cresceu graças ao acesso fa­cilitado ao crédito e à tecnologia aplicada, que os tornaram mais acessíveis a um número cada vez maior de pessoas.


Essas exigências demandaram por uma mão de obra mais especializada para cuidar das embarcações. Para Luiz Carlos Ferreira Pontes, o Luizão, presidente do Sindicato dos Trabalha­dores Aquaviários do Guarujá e Região (SINTA­GRE), os marinheiros estão se adaptando. “An­tigamente os pescadores eram recrutados por­que conheciam bem o mar. Hoje em dia o profis­sional precisa se atualizar para estar capacitado e saber lidar com o barco.”


Administrar um barco com mais de 50 pés é uma tarefa complexa. É preciso ter noções de me­cânica, eletrônica, elétrica, além é claro, de nave­gação e meteorologia. Maximilian Gorissen, pro­prietário da BoatingBrasil, empresa de gestão de embarcações, tem entre os serviços oferecidos, a preparação e desenvolvimento do marinheiro. “O mercado precisa hoje, dada a complexidade nas embarcações, e a necessidade premente dos proprietários por lazer sem preocupação, de mais pessoas pensando em assumir a ‘profis­são’ de marinheiro como uma carreira e de se desenvolver e crescer dentro deste mercado.”


Regulamentação


Uma das bandeiras do SINTAGRE é pela regula­mentação da profissão de marinheiro. A reinvindica­ção é pela criação de uma nova categoria de tripu­lante, denominada Marinheiro de Esporte e Recreio. “A regulamentação vai estabelecer os conhecimen­tos e requisitos mínimos para um marinheiro de es­porte e recreio poder trabalhar”, explica Luizão.


O Ministério do Trabalho e Emprego reconhe­ce a profissão de Marinheiro de Esporte e Re­creio, que já se encontra registrada na Classifi­cação Brasileira de Ocupações (CBO). Porém, o Regulamento de Segurança do Tráfego Aqua­viário (RLESTA), onde são definidos os diversos grupos de profissionais, prevê apenas duas ca­tegorias distintas de condutores: amadores, que podem conduzir embarcações, de forma não profissional, voltadas, geralmente, para o transporte de curta distância e o lazer, e aquavi­ários, encarregados de conduzir embarcações comerciais, voltadas para o transporte coletivo de pessoas ou de carga de maior volume.


Luizão conta que as negociações com a Ma­rinha para alterações na RLESTA estão cami­nhando. “A reunião com o Departamento de Portos e Costas (DPC), no Rio de Janeiro, foi muito boa para abrir a porta para o diálogo. O projeto da regulamentação depende da nego­ciação com a Marinha para continuar a tramita­ção no Congresso.”


Exigência profissional


A capacitação profissional é outra necessida­de para poder cuidar de barcos cujo valor pode chegar à casa de milhões de reais. A evolução tecnológica em equipamentos como motores, geradores, navegadores e radares são constantes. O SINTAGRE busca parcerias com diversos fabricantes e fornecedores para treinamentos gratuitos. “Muitos marinheiros têm a carteira para rádio operador da Agência Na­cional de Telecomunicações (ANATEL) graças a essas parcerias”, destaca Luizão.


Obrigatoriamente, o marinheiro precisa ter ha­bilitação de arrais, mestre amador ou capitão. Mas é fundamental se aperfeiçoar. Saber se co­municar com clareza e objetividade e se organi­zar no ambiente de trabalho.


Apresentação pessoal, asseio e limpeza são itens prioritários. Deixar o barco sempre pronto para o uso é uma tarefa corriqueira, mas tam­bém é importante manter uma lista de checa­gem do barco para evitar imprevistos.


Outros cursos importantes são primeiro so­corros, etiqueta, culinária e até mesmo uma se­gunda língua. São conhecimentos que podem ser úteis em situações inesperadas e que enri­quecem o currículo.


Na era da tecnologia, manter-se atualizado é fundamental.

Para maiores informações: Site: www.marinasnacionais.com.br Contato: Rodney Domingues E-mail: marketing@marinasnacionais.com.br Telefone: 13-3305-1421 Endereço: Estrada Guarujá-Bertioga, km 20,5 – Guarujá – 11446-002 – São Paulo – SP

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